segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esse ciúme

Por Juliana Marton

Ter ciúme hoje em dia é considerado normal, diz-se que é um tempero para a relação, mas é um sentimento inquietante que pode prejudicar, tanto os que sentem quanto os que sofrem. Não é só entre amantes que se encontra esse sentimento, mas entre amigos e até mesmo com relação a objetos. Não falo de obsessão, quando o ciúme é tanto que não se deixa o outro respirar, falo do 'saudável', aquele que dá uma pontada "boa" no estômago!

É intrigante perceber que você é um ciumento! Quando se percebe não dá mais para voltar atrás (Sou uma dessas!). Os ciumentos, geralmente, percebem que o são, mas suas reações são tão espontâneas que fica difícil disfarçar. Já passei por maus bocados por conta dessa emoção. Mesmo assim é curioso perceber que o objeto do nosso ciúme muitas vezes sente-se à vontade com isso.
Acho que mais interessante do que o ciumento é o causador do ciúme. Tendo como base algumas experiências que tive, posso afirmar: esse sim é uma espécie rara. Tive um amigo por quem, até hoje, sou apaixonada - não no sentido romântico da palavra -, que despertou esse sentimento em mim. Era só vê-lo com outras 'amigas' que eu ficava enfurecida, e o pior, todos percebiam, daí ficava chato pra mim, LÓGICO!
Meu amigo, no entanto, achava o máximo, porque é claro que, como os outros, ele estava a par do meu ciúme, e me testava. Quando eu não estava perto, ele nem dava muita bola pras outras, em compensação quando eu estava... ah!, aí ele abusava, e eu mesmo sabendo caía naquela pegadinha.
O ciúme é algo que talvez até tempere o relacionamento, mas acho que quando um dos dois se aproveita da situação fica ruim. Num relacionamento ninguém deve sair ganhando, afinal não é uma competição! Deve haver compreensão e, saber aproveitar os defeitos de cada um para que se tornem qualidades a fim de criar uma coisa séria e sólida, é a melhor solução. Deve estar parecendo um discurso romântico, no entanto penso que isso se aplica a qualquer tipo de relacionamento (menos ao de 'dono-objeto', claro).
Enfim, não é a toa que decidi escrever sobre isso, quero manipulá-lo, sou uma ciumenta! Agora se você vai acreditar em mim ou não é uma decisão sua, eu já fiz a minha parte.

Crônica produzida em Agosto de 2007.

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