sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amadeus (1984)

O filme Amadeus não foi novidade pra mim. Não no sentido de ser a primeira vez que assistia ao longa. Entretanto, a experiência de assisti-lo comentado por um músico foi, realmente, bastante interessante. Como todo filme hollywoodiano, Amadeus foi carregado pela dramatização de tudo e de todos. O que o deixou, com toda certeza, mais atraente do que seria se retratasse apenas à realidade.
Gravado em 1984, Amadeus foi adaptado do teatro para o cinema pelo diretor Milos Forman, que assistiu à peça biográfica escrita por Peter Shaffer e que, mais tarde, tornou-se o próprio roteirista do longa-metragem. O filme foi ganhou mais de 50 prêmios ao redor do globo, incluindo o Oscar de melhor filme em 1985.
Os personagens bem caracterizados, principalmente, o de Antonio Salieri, interpretado pelo hoje reconhecido ator Fahrid Murray Abraham, tornaram a narrativa do filme bastante interessante e de melhor digestão do que 160 minutos de película costumam sugerir.
Mozart, que talvez por sua reconhecida genialidade seja historicamente um personagem distante da realidade, tornou-se uma pessoa menos intocável – apesar de extremamente excêntrico – na telona, graças à atuação do ator Tom Hulce, pouquíssimo conhecido no mundo cinematográfico.
É claro que, por se tratar de um filme sobre um dos grandes gênios da música mundial, a trilha sonora não poderia deixar a desejar. E como tal foi, de fato, muito bem realizada. Formada quase que completamente por composições de Mozart, a trilha impacta e torna o filme ainda mais interessante do ponto de vista da apreciação musical, o que foi o objetivo em assistir ao filme em sala desde o princípio.
Como diria meu professor de cinema, todo filme deve ser visto e revisto e visto novamente, para se apreender tudo o que se passa na tela. No caso de Amadeus não há diferença. Mesmo que seja apenas para ser apreciado, não é um filme que deve ser visto apenas uma vez, pois sua carga de informações é extensa e não pode ser alcançada com uma única exibição. O filme é, por si só, encantador e pretendo vê-lo ainda mais uma vez.
Texto elaborado a partir do filme Amadeus (1984), para a disciplina de Música: Apreciação e História, em junho de 2010.

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